segunda-feira, 2 de novembro de 2015
design, que design?
na minha tese de doutorado cito algumas referências que apontam alguns sérios problemas causados pela incorreta compreensão sobre o que seja o design como atividade profissional (*). frequentemente ao ser indagado sobre este assunto, tenho dito que se deve recorrer à definição internacionalmente aceita do icsid, o conselho internacional de sociedades de design industrial, recentemente renomeado wdo, organização mundial do design.
pois então - após um grande debate, eles acabam de publicar uma definição revista e atualizada, da qual eu fiz a seguinte tradução:
"o design industrial é um processo estratégico de solução de problemas aplicado a produtos, sistemas, serviços e experiências, resultando em inovação, sucesso comercial e melhor qualidade de vida. é uma profissão trans-disciplinar que conecta inovação, tecnologia, negócios, pesquisa e usuários, fazendo uso de criatividade e visualizações para resolver problemas e criar soluções, reenquadrando problemas como oportunidades, com o objetivo de fazer melhores produtos, sistemas, serviços, experiências ou negócios, proporcionando novos valores e vantagens competitivas. o design industrial considera os aspectos econômicos, sociais, ambientais e éticos dos seus resultados, visando a criação de um mundo melhor."
a nova definição pode ser encontrada no site do icsid, assim como um excelente histórico de definições anteriores.
por sua vez, o ico-d (conselho internacional de design - novo nome do icograda, o conselho internacional de associações de design gráfico), dispõe em seu site de uma definição da atividade profissional de design:
"design é uma disciplina dinâmica, em constante evolução. o designer treinado profissionalmente aplica a intenção na criação do ambiente visual, material, espacial e digital, cientes do empírico, empregando abordagens híbridas e interdisciplinares à teoria e pratica do design. eles compreendem o impacto cultural, ético, social, econômico e ecológico das suas realizações, e sua responsabilidade final sobre as pessoas e o planeta tanto nas esferas comercial e não-comercial. um designer respeita a ética da sua profissão."
(*) patrocinio,g. the impact of european design policies and their implication on the development of a framework to support future brazilian design policies (página 16). cranfield university (tese de doutorado): cranfield, reino unido. 2013.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário